Um planejamento financeiro bem feito é a chave para garantir que a sua marca saia do lugar, se destaque no mercado e conquiste um público cada vez maior. Um levantamento realizado pelo SEBRAE indicou que cerca de um terço das empresas que iniciam suas operações no país acabam por encerrar as atividades menos de dois anos depois de ter aberto as portas. Quer saber o principal motivo por trás disso? A causa é a famosa má gestão dos recursos, em especial dos recursos financeiros, da empresa.
Para evitar que a sua empresa sofra desse mal, nossa equipe fez um levantamento de 4 dias essenciais para garantir um planejamento financeiro de sucesso para a sua marca. A relação você confere a seguir:
#1. Gastos pessoais x Finanças da empresa
O primeiro passo para garantir que a sua empresa mantenha as finanças em dia é, certamente, manter as finanças pessoais e empresariais separadas. Embora para quem já está no mercado há mais tempo isso possa parecer algo evidente, essa mistura das contas pessoais e da empresa ainda é a realidade vivida por muitos gestores de empresas de menor porte.
O principal problema que esse tipo de postura pode trazer para a sua gestão é a perda do controle dos gastos e custos que são específicos da sua empresa. Por isso, se você depende da empresa para arcar com os seus custos pessoais, a nossa dica é: defina um pró-labore; um valor predeterminado que possa ser descontado da empresa em seu favor, como um salário. Isso vai ajudar a manter as contas da sua empresa mais previsíveis – e, portanto, gerenciáveis – evitando, igualmente, que esse desvio de recursos atrapalhe o desenvolvimento das atividades da empresa e o crescimento da sua marca.
#2. Mapeamento de gastos
Uma vez definido que as finanças da empresa não serão misturadas às suas contas pessoais, é hora de passar para a segunda dica: saiba para onde vai cada centavo do dinheiro da empresa. Rastrear os gastos da sua empresa vai servir especialmente para os seguintes fins:
- Identificar e corrigir quaisquer desvios
- Avaliar a rentabilidade dos investimentos já realizados (seja em ações de marketing, aquisição de itens para estoque, etc.)
- Determinar novos investimentos de acordo com essa avaliação prévia
- Elaborar o planejamento orçamentário do ano
Ao mapear os gastos da sua empresa, identifique os gastos fixos – aqueles gatos que são necessários para garantir a manutenção do funcionamento da sua empresa, como, por exemplo, os custos com aluguel e/ou IPTU, folha de funcionários, água, luz, telefone, impostos diversos, etc.
Essas informações vão ajudá-lo a determinar, em seu planejamento orçamentário, o capital necessário para manter a empresa operacional. A partir daí e de informações sobre a sazonalidade no setor da economia em que a sua empresa atua, você, gestor, poderá estabelecer com maior precisão as metas de vendas para o ano.
#3. Fluxo de caixa
Um fluxo de caixa é uma das ferramentas para gestão financeira que devem fazer parte da sua rotina enquanto gestor. Ela consiste em controlar as entradas e saídas de capital da sua empresa, realizando o acompanhamento da movimentação ao longo de determinado período de tempo: ela pode assim fornecer uma visão semanal, mensal, semestral e até anual do que se passa na área financeira da sua empresa.
A realização de um bom fluxo de caixa depende, portanto, do registro e organização da gestão. Para auxiliá-lo a começar, é possível encontrar na internet uma série de modelos de planilhas de fluxo de caixa e de gestão financeira, como é o caso da planilha disponibilizada pela Gestão Click aqui.
Ao acompanhar os ciclos de venda e pagamentos da sua empresa, busque elaborar um calendário financeiro mensal que permita identificar quais são os períodos com maior aporte de capital, e quais são os períodos com maior saída de capitais. Essa informação permite que você se organize melhor, trabalhando com reservas e planejando com mais detalhes a utilização do seu capital de giro.
#4. Ferramentas de apoio à gestão financeira
Embora as planilhas sejam uma ferramenta válida e bastante útil para quem está começando, a verdade é que, à medida que seu negócio for evoluindo e crescendo, o volume de dados financeiros que você, gestor, precisará analisar crescerá na mesma proporção. Logo, manter o controle em modo analógico ou em planilhas de alimentação manual é uma opção que vai se tornar, aos poucos, naturalmente obsoleta, especialmente porque – você verá – o tempo gasto com preenchimento e controle das planilhas começará a impactar outras áreas da gestão que necessitam igualmente da sua atenção. Por isso, nossa última dica é: invista em ferramentas de gestão integrada.
Você certamente já ouvir falar delas. Conhecidas como ERP, essas soluções se apresentam como softwares de gestão que permitem controlar em tempo real todas as informações da sua empresa, incluindo aí:
- Fluxo de caixa
- Vendas realizadas
- Controle de contas (a pagar e a receber)
- Controle de estoques
- Emissão de NFe
- Geração de Boletos
- Conciliação bancária
- Suporte para venda balcão (PDV)
- Contato direto com clientes e fornecedores através do software
- Geração de relatórios gerenciais
Essas são apenas algumas das funções que um ERP online pode oferecer à sua empresa, agilizando não só a gestão financeira, mas todo o processo administrativo. Dentre essas funções, duas merecem um destaque especial: Controle de Estoques e Relatórios Gerenciais. A primeira é essencial para a saúde financeira da sua empresa visto que, vale sempre lembrar, o seu estoque representa um capital da empresa já investido, e que depende do processo de venda para recuperação. Já a segunda funcionalidade, oferece uma base sólida para o seu planejamento estratégico e definição de metas de longo prazo.
Se a sua empresa pretende crescer e se consolidar no mercado, investir em ferramentas de planejamento estratégico e na gestão financeira da empresa são dois aspectos que não podem ser negligenciados, sob o risco de ver a sua marca se juntar às estatísticas do SEBRAE. E ai, vai deixar a gestão financeira para depois?
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