O acrônimo V.U.C.A. foi utilizado pela primeira vez em 1987.
A ideia foi cunhada pela U.S. Army War College, uma escola militar americana da Pensilvânia, para descrever a confusa geopolítica que se instaurou após o período de Guerra Fria, pois “o mundo havia se tornado um lugar volátil, incerto, complexo e ambíguo”.
V – Volatility (volátil); é a velocidade em que ocorrem as mudanças, bem como seus respectivos impactos.
U – Uncertainty (incerto); refere-se às dúvidas, indecisões e imprecisões típicas de um contexto no qual as informações geralmente se apresentam incompletas.
C – Complexity (complexo); tem a ver com a dificuldade de compreender o resultado das interações dentre as inúmeras variáveis de determinada situação, desafio ou problema.
A – Ambiguity (ambíguo); são os dilemas que se apresentam quando nos deparamos com caminhos diferentes numa tomada de decisão.
Mundo VUCA no universo Corporativo
No início do século XXI, a expressão migrou para o mundo corporativo, que se viu diante da Era Digital, um novo universo cheio de novidades, mas também tomado pelas incertezas, no qual as empresas teriam de se adaptar ou correriam o risco de desaparecer.
E essa é a grande questão no meio empresarial hoje: como sobreviver num mercado onde a tecnologia cria oportunidades, mas também faz desaparecer funções antes necessárias? Teremos empregos para todos? Quais são os negócios do futuro?
Tudo na vida é incerteza. Nada é garantido, absolutamente tudo depende de uma série de fatores que, muitas vezes, fogem ao nosso controle. Obviamente nenhum de nós gostamos dessa incerteza, afinal ela envolve uma possível perspectiva de fracasso, e ninguém gosta de fracassar.
No mundo corporativo, não é diferente. Os períodos de instabilidade levam os gestores a puxarem as rédeas do desenvolvimento, às vezes há demissões em massa, os investimentos cessam e existe até mesmo o risco de a empresa fechar suas portas.
Como lidar com esse caos?
Em primeiro lugar, é necessário resiliência. Resiliência é um termo emprestado da física, o qual caracteriza a propriedade que alguns corpos possuem de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica.
Quando dizemos que uma pessoa é resiliente, significa que ela é capaz de se adaptar ou até mesmo evoluir após um momento de adversidade. Ser resiliente é deter a capacidade de dar a volta por cima, de lidar com/superar adversidades, transformando experiências negativas em aprendizado. É um conceito muito útil universo do trabalho.
Nos últimos anos, o mundo tem passado por muitas transformações, principalmente em relação à tecnologia, e com isso a resiliência tem sido mais do que necessária. Os modelos de trabalho estão mudando e estamos encarando novos regimes, como o trabalho remoto, o crescimento de startups, a nova roupagem da concorrência.
De repente vimos que os escritórios tradicionais começaram a perder espaço para jovens tocando negócios disruptivos, criando empresas milionárias em quartinhos apertados.
E novos tempos pedem novos modelos de gestão. Adaptar-se às evoluções do mercado é um jeito de enfrentar as incertezas, de se lembrar de que tais períodos de incerteza podem ser catalisadores de processos inovadores.
É hora de rever processos, de descentralizar práticas e rotinas, de focar em tomadas de decisão. As empresas com maior potencial de crescimento são flexíveis, criativas, cooperativas e ágeis.
Gestão de riscos
Outro aspecto que pode ajudar no adaptação a novos modelos, nesse mergulho num mercado mais ousado, é o gerenciamento de riscos.
Sabemos que riscos são inerentes a qualquer atividade ou organização — e também costumam ser a principal causa do prejuízo econômico. Se você é gestor, procure conhecer os riscos que rondam seu negócio a fim de poder se antecipar a eles, identificando-os antes mesmo que possam se transformar em problemas palpáveis.
Esse tipo de postura, juntamente à resiliência, proporciona vantagem competitiva e mais confiança nas tomadas de decisão.
A Verde Ghaia possui Software de Gestão de Riscos, desenvolvido com base na ISO 31000 (e motivado pelas novas versões da ISO 9001 e ISO 14001, que enfatizam o tema). Ele auxilia na identificação e implementação de ações para monitorar os perigos e riscos associados às atividades, aos produtos, aos serviços ou às tarefas da sua organização e também às oportunidades, ou seja, os chamados riscos positivos. Conheça aqui.
Desconexão do Mundo VUCA
Não é possível dissociar este mundo V.U.C.A. da gestão baseada em riscos. Por isso é importante não apenas analisar o cenário da melhor maneira possível, como estar aberto a possibilidades, e também ter coragem para transitar por caminhos inéditos.
Aquele velho modelo de gestão vertical e centralizada não tem espaço mais. A ordem é se adaptar e se reinventar!
E você? Está preparado para um novo Mundo? Novo Normal? Deixe seus comentários abaixo, será um prazer saber o que você pensa!
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