A gestão de riscos na sua construtora revelará as ameaças e oportunidades que circundam as empresas de construção civil. Tão importante quanto sistematizar este processo é torna-lo parte da cultura organizacional.
O Brasil é um dos campeões mundiais de acidentes de trabalho. Uma parte significativa destes eventos ocorre na construção civil. É por isso que a gestão de riscos em processos de edificações é tão importante.
Apesar dos esforços das empresas envolvidas, ainda existe um nível de informalidade muito grande no setor, o que acaba dificultando a implementação de políticas sistemáticas de combate aos riscos.
E quando falamos de riscos, não nos referimos apenas aos acidentes de trabalho, mas também a todas as variações indesejáveis no processo, sejam elas de segurança, operação ou financeiras.
Vamos abordar a seguir, 7 formas eficazes de controlar riscos em sua construtora. Esperamos que elas possam te ajudar a construir uma gestão de riscos em processos mais sólida e eficiente.
1 – Estabeleça um programa formal de gerenciamento de riscos
Em função da grande publicidade que os acidentes na construção civil adquiriram, é comum ver as empresas deste setor afirmando sua preocupação com a segurança e com a prevenção aos riscos inerentes à atividade. Contudo, para que haja efetividade, é necessário ter um programa formal de prevenção ao risco, não apenas um discurso direcionador.
Por isso é fundamental a implementação de um programa de gerenciamento de riscos formal. Ele se dará no âmbito do sistema de gestão da empresa, uma vez que por “gestão de riscos”, entendemos não só a questão dos acidentes de trabalho, mas também as falhas em processos, perdas financeiras, atrasos e etc. Tudo o que pode ocorrer, sem previsão no processo ou projeto é risco.
O programa de gestão de riscos deverá conter a metodologia a ser aplicada no caso de ocorrência de não-conformidades e também as técnicas e disciplinas utilizadas para mapear e prevenir as falhas, mitigando assim os riscos, antes que eles se transformem em problemas.
2 – Realize o mapeamento dos riscos e defina metas de redução
A segunda forma que listaremos para gerenciar e controlar os riscos em construtoras é a realização do mapeamento das atividades. Contudo, este mapeamento será focado em riscos e não apenas no processos.
Cada atividade possui uma série de variáveis que podem configurar risco relevante para a empresa. Imagine por exemplo que o processo de estocagem, que controla os materiais para as obras, tenha problemas com o recebimento de cimento. É possível que toda a obra fique parada por falta deste suprimento tão importante, portanto, o risco de desabastecimento é algo a ser controlado.
Todas as atividades terão uma série de riscos, mas cabe à gestão da empresa, definir quais são relevantes para o monitoramento. Assim, o gestor de cada área saberá em que ele deve prestar mais atenção.
3 – Use benchmarks
Para gerenciar riscos em processos não é necessário reinventar a roda. Um setor tão tradicional como o da construção civil, já é bastante estudado e trabalhado há muito tempo. Por isso, as empresas líderes em eficiência neste mercado já possuem indicadores e números factíveis para os riscos toleráveis em cada processo.
Como já sabemos, é mais fácil copiar quem está dando certo do que tentar fazer do zero. O nome disso é benchmark, o uso de indicadores com metas “alvo”, oriundas de outras áreas ou organizações que estão alcançado resultados superiores.
Imagine que o líder em eficiência no setor de atuação de sua construtora tenha registrado 5 acidentes para cada 1000 trabalhadores. Obviamente que a meta ideal é zero, mas, alcançar este número já é um indicativo que a sua empresa está no rumo certo neste processo.
4 – Estabeleça a gestão de riscos na sua construtora
Se por um lado a gestão de riscos não pode ficar apenas no discurso, por outro, ela também não pode se ater apenas às formalidades processuais. É necessário inculcar na mente de todos os membros da organização a gestão de riscos como cultura.
É muito mais simples gerenciar um processo em que as pessoas envolvidas já praticam o pensamento crítico a respeito das ações antes mesmo de executá-las. O próprio mapeamento de riscos será melhorado com isso, uma vez que mais soluções serão pensadas a cada dia, antes mesmo que uma falha aconteça.
Ora, não é preciso esperar que um operário caia de um andaime para sabermos que o risco de queda existe. A cultura nos ajuda a agir preventivamente, por isso é tão importante abordar o tema de gestão de riscos de maneira incansável. Isso pode ser feito através de treinamentos, workshops, eventos, campanhas e etc. Até que as pessoas passem a ver o risco como o vilão a ser batido.
5 – Certifique o SGI da sua empresa nas normas ISO
Se reunirmos todas as dicas anteriores em apenas uma, ela seria a orientação à certificação da empresa nas normas ISO. AS principais normas são a ISO 9001 (sistema de gestão da qualidade), ISO 14001 (sistema de gestão ambiental) e ISO 45001 (sistema de gestão de saúde e segurança ocupacionais). A integração dos 3 sistemas dá origem ao que chamamos de SGI (sistema de gestão integrada).
Todas as normas ISO para processos possuem como uma das áreas de abrangência, o foco em gestão de riscos. Além do mais, existe uma forma específica para o tema, a ISO 31011:2018.
Certificar a empresa é a forma mais eficaz de estabelecer as diretrizes dos sistemas de gestão internacionais nos processos administrativos e operacionais da organização.
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A gestão de riscos em processos é fundamental para o sucesso de qualquer empresa que pretende ser eficiente em sua atividade. Não é possível crescer e se tornar sustentável sem gerenciar os riscos, porque uma única falha, pode comprometer os resultados positivos da várias áreas da companhia. Assim, o estabelecimento do programa e da cultura são ambos, imprescindíveis.
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